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sábado, 9 de junho de 2012

CAMDOMBLÉ E SUAS NAÇÕES


A palavra nação[1] é usada no candomblé para distinguir seus segmentos, diferenciados pelo dialeto utilizado nos rituais, o toque dos atabaques, a liturgia. A nação também indica a procedência dos escravos que lhe deram origem na nova terra e das divindades por eles cultuadas.
As civilizações sudanesas, por exemplo, são representadas pelo grupo yorubá, também conhecido como nagô, por sua vez representado pelas nações:
O grupo dos daomeanos é representado pelas nações jeje:
As civilizações islamizadas são representadas por Fulas (peuhls), MandingasHaúça e, em menor número, TapaBornuGurunsi ou Grunci.
As civilizações bantos do grupo angola-congolês são representadas pelos ambundas de Angola (cassangesbangalasin-bangalasdembos), os congos ou cabindas do estuário do Zaira e os benguela com diversas tribos escravizadas.
As civilizações bantu da Contra-Costa são representadas pelos moçambiques (macuas e angicos), tendo sido o grupo Bantu reduzido às nações:
No começo do período escravagista, todos os escravos vindos da África eram chamados de negros de Guiné, pois no século XVI a Guiné se estendia de Senegal a Orange. Esses guinés deveriam ser autênticos bantus.
A escravidão dividiu as sociedades africanas em todos os sentidos. O africano, com o fim das linhagens, dos clãs, das aldeias, da realeza, se apegou ainda mais aos seus deuses e ritos, uma vez que foi a única coisa que restou de suas regiões de origem.
Guardiões da cultura oral, os escravos guardaram em sua memória os movimentos de dança, os toques dos atabaques, a comida ritual, as rezas e cânticos, na nova terra chamados de Cantiga no candomblé e pontos cantados na Umbanda.
O silêncio, o segredo (calundus) e o isolamento armado em quilombos e mocambos são formas de resistência e esperança de reconstituir na nova terra seus ritoscostumes ehierarquia.
resistência dos negros ao regime de subordinação ou exploração do qual foram vítimas encontram portas abertas na religião, nos quilombosconfrarias e santidades, locais de reuniões assim chamados antes de receberem o nome de candomblés que também foram usados como esconderijo.

Referências

[editar]Bibliografia

  • BASTIDE, Roger. As Religiões Africanas no Brasil. São Paulo: Edusp, 1971.



fonte :wikipédia

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